Books

HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – Page 64

variedade de funções, e a esse aspecto da força vital, que estabelece um equilíbrio nos estados de doença, nós chamamos "mecanismo de defesa". É parte integral da força vital, mas constitui somente uma das várias funções; o mecanismo de defesa, que age sobre todos os três níveis do organismo, pode ser visto como um instrumento da força vital, que age no contexto da doença.
Durante os últimos 250 anos, um ponto de vista materialista do universo avançou firmemente no pensamento das sociedades industrializadas, e o conceito vitalista, conseqüentemente, caiu em descrédito. O mundo passou a ser visto pela ciência como totalmente explicável em termos puramente mecânicos. As ciências biológicas também adotaram esse ponto de vista; dessa forma; acumulou-se uma grande quantidade de informação relacionada ao funcionamento físico e químico do corpo humano. Esses dados são verdadeiros e corretos. Eles não contradizem de modo algum a idéia da força vital. Os mecanismos físicos e quí¬micos são apenas instrumentos da força vital que agem sobre o plano físico do organismo.
Neste século, ocorreram muitas mudanças em todos os empreendimentos da vida humana; talvez a mais impressionante tenha sido o advento dos conceitos radicalmente novos no campo da física. Anteriormente, a física newtoniana nos oferecia explicações reprodutíveis e previsíveis da mecânica subjacentes aos fenômenos visíveis pelos nossos sentidos físicos. As leis de Newton, embora ainda aplicáveis ao mundo perceptual, não conseguiram explicar as observações nos reinos atômico e subatômico da existência. Novas teorias e leis tiveram que ser desenvolvidas para explicar os fenômenos nesses níveis. Einstein, Heisenberg e outros elucidaram esses fenômenos desenvolvendo os novos conceitos que agora são conhecidos como teoria de campo, teoria dos quanta e teoria da relatividade. O efeito revolucionário que esses conceitos tiveram sobre o pensamento moderno é descrito de forma magnífica por Fritjof