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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – Page 42

cria no corpo, que as paixões despertam nas emoções e que o egoísmo faz nascer no espírito. O médico que compreende o objetivo da missão daquele que cura deve tentar levar o paciente a libertar-se dessas três limitações.
Toda dor, desconforto ou fraqueza que aparece no corpo limita inevitavelmente a liberdade que existia antes do aparecimento dos sintomas. Por conseguinte, a enfermidade é uma servidão, uma escravidão do corpo. Quase todas as pessoas, no entanto, pelo menos por um breve momento na vida, experimentam toda a liberdade da função do corpo, quando nenhum dos órgãos está limitado e não existe nenhuma sensação corporal negativa. Por essa razão, o estado de saúde física pode ser definido da seguinte maneira: saúde do corpo físico é liberdade em relação à dor, após ter-se atingido um estado de bem-estar.
No plano emocional, ou psíquico, enquanto uma pessoa está serena e calma, pode prosseguir sem qualquer restrição ao trabalho criativo, tanto para si mesma quanto para os outros. No momento em que a paixão aparece e a domina, ocorrem a ansiedade, a raiva, a angústia, o medo, o fanatismo, etc. Essa paixão tende a escravizar a parte emocional e interferir no livre funcionamento dos demais domínios. Isso é verdadeiro mesmo em relação às paixões idealísticas que, em intensidade, estão próximas do fanatismo, pois qualquer paixão excessiva tende a escravizar; qualquer paixão impede que a pessoa seja dona de si mesma. Assim, podemos definir o estado de saúde no nível emocional da seguinte maneira: saúde emocional é uma viva sensação de liberdade em relação à paixão, que tem como resultado uma serenidade dinâmica. Nessa definição deve-se deixar bem claro que a ênfase recai na dinâmica. Essa não é apenas uma falta de sentimentõ resultante das disciplinas intelectuais destinadas a controlar a emoção; é, de preferência, a capacidade de sentir com liberdade toda a gama de emoções humanas sem se deixar