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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – Page 2

tratamento das doenças agudas, a proporção de doenças crônicas virtualmente críticas deu origem a temores de que a raça humana pudesse estar em perigo de perder a saúde para sempre. Como ocorreu durante toda a história, a terapia moderna é inútil diante das doenças crônicas que incapacitam o homem; conseqüentemente, ela fica reduzida a fornecer um tratamento meramente paliativo em vez de curativo. Com base nisso, surgiu em toda parte um grande interesse em relação às suposições fundamentais subjacentes ao cuidado médico, resultado, creio, da imensa quantidade de pessoas doentes hoje face ao alívio relativamente pequeno que as várias terapias aceitas proporcionam.
Devido ao surgimento dessas dúvidas, as terapias alternativas mais uma vez tornaram-se populares, e as pessoas, em desespero, voltam-se para elas indiscriminadamente. Quando ocorre o desencanto com as tentativas ortodoxas, fica-se, então, embaraçado para avaliar acurada e seguramente a eficácia e a segurança das tentativas alternativas. Desse modo, em contrapartida, torna-se claro que o sistema médico predominante não explicou as leis e os princípios que governam a saúde e a doença. Essa falta de explicação se deve ao fato de não ter sido formulada no contexto da própria profissão médica. Se pesquisarmos a história da medicina, encontraremos grande volume de dados empíricos e resultados experimentais, mas nenhuma lei ou princípio geral que o sustente ou que deles proceda. Não é injusto concluir que a medicina é o único ramo da ciência que baseou sua estrutura em opiniões e suposições, ao invés de baseá-Ia em leis e princípios.
Devido a essa fragilidade de concepção, o sistema médico predominante fracassa, tanto em convencer o povo de sua eficácia como em prover resultados satisfatórios e con¬tínuos, especialmente em face de uma das crises mais frustrantes e rapidamente crescentes com que se depara a medicina atualmente: a doença crônica.